
No primeiro sábado (04) deste mês, participei do Seminário de Alinhamento Teórico (SAT 2019) do Programa Fundamental do Clã Moy Jo Lei Ou, sob orientação do Sifu. O objetivo era o de, como o nome indica, alinhar o entendimento e o discurso sobre as categorias fundamentais do Ving Tsun. A partir do que se definisse no encontro, montaríamos uma apostila com os termos trabalhados para ser apresentado ao Programa Fundamental da MYVT.
(Na foto, da esquerda para a direita: Daisihing Leo Reis, sihing André Guerra e sifu Julio Camacho)

Tenho a impressão de ter em mim uma tendência de sempre esperar algo de diferente nas experiências pelas quais eu passo. Dito isso, o SAT foi uma ótima forma de “voltar à ativa”, uma vez que o evento tratou de temas que estão constantemente presentes no universo da Vida Kung Fu. Mas, o que mais me chamou a atenção durante o SAT, foi uma certa quebra dessa expectativa do “novo”, uma vez que, ainda que não fosse o objetivo do seminário, esperava dele algo…novo. Quer dizer, a novidade do SAT é que, praticamente, nada lá era substancialmente novo, apesar das abordagens serem completamente outras. A grande dificuldade era a de tentar explicar algo sem imediatamente associar à alguma prática do cotidiano do mogun.
(Na foto, membros do clã Moy Jo Lei Ou durante a realização do SAT 2019)

O ato de revisitar termos e conceitos que não me eram estranhos fez eu me sentir parte da família de volta. A “graça” de toda essa tautologia presente no SAT 2019 é que ela em momento algum foi totalmente tautológica. Quer dizer, sempre tinha (e tem) algo de novo ou algo a ser purificado no conceito revisitado. Isso resulta em uma experiência muito rica e ampliada no trato de termos que “sempre estiveram ali”, no convívio da Vida Kung Fu. E a facilidade com que Sifu consegue trabalhar um conceito sem entrar no terreno de outro (apesar das proximidades) é de uma qualidade ímpar.
(Na foto, os membros presentes no SAT 2019)